3 de janeiro de 2011

Sempre rir, sempre rir


No final do ano passado fiz parte de uma pesquisa sobre felicidade. Dois professores de Harvard estão tentando descobrir o quanto nossa felicidade está ligada ao nosso nível de atenção. Os resultados são parciais, mas indicam que quanto mais focado no que se está fazendo, mais feliz se sente. O que não deixa de ser surpreendente nesta época em que quase todos fazem pelo menos três coisas ao mesmo tempo (quem não tem abertas no mínimo três páginas na internet concomitantemente? Ou come assistindo TV ou lendo? Afinal, estamos todos sempre com muita pressa em nos atualizar).

O estudo se dá principalmente por meio de um aplicativo gratuito que se baixa no Iphone, chamado trackyourhappiness. Durante algumas semanas, três vezes por dia, em horários diferentes, chegam perguntas sobre o que se está fazendo naquele momento. As perguntas, apesar de muito simples, fazem pensar. Coisas como: você quer fazer o que está fazendo? você tem de fazer o que está fazendo? se pudesse olhar para trás para este momento, em que medida ele impactaria sua vida? qual seu grau de interação nessa conversa? você está se sentindo pressionado/com medo/coagido?

Antes mesmo de ver meus resultados, comecei a perceber pequenas coisas sobre mim e meu grau de, senão felicidade, satisfação. Quando estava internada, as enfermeiras nos faziam relatar três vezes por dia como nos sentíamos e sempre me maravilhei como nosso estado de ânimo depende do meio-ambiente, das pessoas ao nosso redor e de um esforço próprio.

Não chego a advogar que só se deixa chatear com o babaca que te fecha no trânsito quem não se conhece, mas acredito que esse tipo de estudo ou o daily mood check nos ajudam a descobrir mecanismos de sobrevivência em um cotidiano cada dia mais estressante e, sobretudo, a conhecer melhor o que nos tira do sério e quais ferramentas funcionam para cada um.

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