18 de dezembro de 2010

In the battlefield



A tristeza agora chega sem fazer cerimônia. Se aboleta no meu peito e, de vez em quando, aperta meu coração com ambas as mãos para me lembrar quem está no controle. Vai usando a falta de serotonina para viajar pelos meus neurônios até convencer meu próprio cérebro que chegou para ficar. Eu, já acostumada com ela, finjo que não vejo. Quem sabe ela se manca e cai fora? Quem sabe se eu a ignorar ela simplesmente canse de mim?
Mas ela não vai. Pelo contrário, convida mais amigos. Não passa muito tempo vem a insônia, a impaciência,  solidão e o pior de todos, o medo. São seres notívagos e famintos e me sugam como bebê recém-nascido. Não tendo mais como ignorá-los, visto a armadura da auto-defesa e começo a traçar meu plano de ação. Passo horas lançando mão de todo o arsenal que me foi dado para combatê-los. Na linha de frente, o antidepressivo. Nos flancos direito e esquerdo, a terapia individual e a em grupo. Na retaguarda, grupo de apoio.
Meus inimigos não se fazem de rogados, pois conhecem bem minha defesa. Atacam latentemente e por todos os lados. Vão me encurralando dentro de mim mesma e da minha mente, minando a esperança e a fé. Eu, já fraca, vou arrefecendo. Meus soldados estão famintos e feridos. Minhas armas, gastas. Preciso muito mais força e vontade para continuar resistindo até que cheguem reforços. But wait, de onde virão meus reforços? Quem foi avisá-los que a batalha está por um fio? Chegarão a tempo? Trarão comida, cobertores, bandagens? Novo plano de ação e armas?
Mas agora é noite e o ataque está prestes a recomeçar. Hora de voltar à vigília, me certificar que todos os pontos foram cobertos e rezar para que eu dure só por hoje.

2 comentários:

  1. Má,

    Estou cada vez mais preocupado com você e toda essa situação que está enfrentando. Posso imaginar a dimensão do seu sofrimento porque também passo por batalhas semelhantes que têm se intensificado com o passar e o pesar dos anos.
    Assim como você, eu acredito em Deus e também no seu poder salvador. Nessas horas de muita dor, me esforço para voltar no passado e me lembrar das promessas que Ele me fez em Isaías 49:15 e em Apocalipse 21:4 e 5. É esse o meu alento e a minha garantia de que não vou sucumbir.
    Por maior que seja o problema, sabemos quem detém o poder de pelejar ao nosso lado.
    Espero receber boas notícias muito em breve. Estarei orando por você e se for preciso, não hesite em pedir ajuda.
    Fica com Deus e em paz.

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  2. Amiga, seus soldados distantes são muitos. As milhas em nada atrapalham o poder de nossas orações e pensamentos positivos a seu favor. Nossa arma nuclear é o Imenso Amor que sentimos por você e disso seu inimigo de nada entende. Então, ria dele e diga- lhe que seu fim está próximo. Uma batalha por dia e a guerra está próxima do fim. Amo você e os que amo ficam sempre bem. Não deixo ser diferente. Te espero em ritmo de countdown. Cheia de planos. Beijo no seu coração. Te deixo nas mãos de nosso maior aliado. Aaaaah, esse cara nunca falha. Que Deus te abençoe. Celina

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