
Estou com medo de assistir Eat, Pray, Love. Tem um diabinho no meu ouvido direito me pedindo pra ver (e eu escuto melhor do ouvido esquerdo desde que estourei o tímpano quando era criança) e um anjinho no meu ouvido direito me dizendo pra evitar aborrecimentos.
"Ora", meu cérebro racionaliza, "você adora a Júlia Roberts, o enredo é ótimo e adora comédias românticas...mas peraí, a estória não é comédia e nem é romântica". Achei o medo. Medo de terem trivializado a busca real e tangível do que se quer em estória hollywoodiana. Mesmo porque saber o que se quer leva tempo, disciplina e coragem. E mesmo porque a moral da estória é que cada um tem de procurar sua receita do bolo, entende?
Eu continuo parada, ainda que os doutores da cabeça me dêem tapinhas nas costas e felicitações. O que fazer da "nova" Marília está longe de ser projeto. É mais, digamos, a vontade de querer ser projeto. Ontem fiquei até tarde pensando no que fazer com minhas férias. Sei bem o que não quero. Não quero ir ao Brasil. Não quero ficar nos EUA. Não quero ir onde já fui. Não quero ter medo de tentar coisas novas, de ir sozinha e ficar sozinha e tentar descobrir sozinha. Não quero ter preguiça, nem horário marcado, nem surpresas desagradáveis. Não quero fazer esforço, nem esperar nada.
Enquanto isso, eu penso se assisto o filme ou se leio, pela quinta vez, o livro.
Muito bom! Mas eu iria, nem que fosse para ver os lugares que a Liz Gilbert visitou... acho que eu nunca me identifiquei tanto com uma autora na minha vida!
ResponderExcluirEu iria, o livro e otimo, mas não e a sua vida nem a sua realidade, então porque não assistir o filme! quanto as suas ferias, faz uma lista dos lugares que você ainda não conhece e comece a planejar ... e viva o prazer de viver a vida!
ResponderExcluirVivi, se identificou com o passado ou o presente?
ResponderExcluirIna, decidi fazer os dois. Sexta vejo o filme e hoje comecei a planejar, de verdade, minhas férias.